Grande Prêmio da Espanha

Por Marcelo Betioli

Parece que a brincadeira não tem hora de terminar e ainda escutaremos muitas vezes o hino alemão. Sebastian Vettel e a Red Bull continuam inabaláveis na Fórmula 1. Desta vez não foi um domínio tão forte quanto das outras corridas, mas a pista de Barcelona geralmente não tem surpresas e sempre mostra como vencedor quem tem o melhor carro. Não foi diferente neste ano onde Vettel terminou em primeiro, seguido por Lewis Hamilton, com Jenson Button em terceiro e Mark Webber em quarto. Vale uma observação que apenas os quatro primeiros terminaram a prova na mesma volta.

O GP espanhol não foi chato de se ver, mas também não foi espetacular como as provas anteriores deste mundial. Não ocorreram tantas ultrapassagens, pois a expectativa era grande já que haveria a maior reta até o momento para se usar a asa móvel.

A prova começou com o público espanhol indo ao delírio. Uma ótima largada de Fernando Alonso quando pulou de quarto para a liderança. Vettel também largou bem, assumindo o segundo lugar. O pole position, Webber, mais uma vez largou mal, assim como Button que de quinto foi para em décimo ao final da primeira volta.

Ficou evidente qual a equipe até o momento que tem condição de chegar perto da RBR: o nome dela é McLaren. A equipe inglesa colocou seus dois pilotos no pódio e mostrou que o ritmo de corrida foi idêntico com os Touros Vermelhos.

A Ferrari não se encontra neste ano. Fez o máximo que pode para chegar em quinto com Alonso e mesmo assim terminou com uma volta atrás. A Mercedes fez uma boa corrida, terminou com seus dois carros na zona de pontuação e com uma novidade: Schumacher na frente de Nico Rosberg. Méritos também para Nick Heidfeld, da Renault, que largou em último e terminou em um ótimo oitavo lugar.

Os brasileiros tiveram um fim de semana muito ruim. Rubens Barrichello largou em décimo nono e conseguiu levar o horrível carro da Williams a um décimo sétimo lugar. Enquanto isso, Felipe Massa que largou em oitavo fez uma corrida muito abaixo do esperado e não completou a prova.

Bigorna de Ouro: Sebastian Vettel. Soube suportar a pressão de Hamilton no final e conseguiu mais uma vitória.

Bigorna de Lata: Felipe Massa. Longe de ser aquele piloto que quase foi campeão em 2008 e agora está levando um banho de Fernando Alonso na Ferrari.

Confira o resultado final após 66 voltas:

1 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 66 voltas em 1h39m03s301
2 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 0s630
3 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 35s697
4 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 47s966
5 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 1 volta
6 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1 volta
7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1 volta
8 - Nick Heidfeld (ALE/Renault) - a 1 volta
9 - Sergio Pérez (MEX/Sauber) - a 1 volta
10 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 1 volta
11 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 1 volta
12 - Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1 volta
13 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
14 - Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 1 volta
15 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 1 volta
16 - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 2 voltas
17 - Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 2 voltas
18 - Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 2 voltas
19 - Timo Glock (ALE/Virgin) - a 3 voltas
20 - Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin) - a 3 voltas
21 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 4 voltas

Não completaram:
Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 8 voltas/câmbio
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a 18 voltas/acidente
Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - a 38 voltas/mecânico

A próxima etapa é o GP de Mônaco no dia 29 de maio.

Grande Prêmio da Turquia

Por Marcelo Betioli

Vejam que ironia do destino. Ano passado tivemos um dos mais disputados campeonatos de Fórmula 1, com quatro pilotos, matematicamente, lutando pelo título até a última prova e o detalhe era que as corridas não foram tão emocionantes quanto o campeonato. Este ano, com as mudanças no regulamento, as provas são bem mais acirradas, com brigas por posições a todo o momento e o detalhe é que o campeonato já parece ter um dono. Sebastian Vettel vem dominando o mundial deste ano e parece ser um casamento perfeito entre ele e o carro da Red Bull. Ainda escutaremos muitas vezes o hino alemão, só que desta vez não será com Michael Schumacher e sim com o atual campeão da Fórmula 1.

A corrida foi repleta de disputas e ficou evidente como a estratégia é importante. Ocorreram 82 pit stops com a maioria dos pilotos fazendo quatro paradas nos boxes.

Desde o início ocorreram brigas por posições e uma delas envolveu a briga pelo segundo lugar entre Mark Webber e Fernando Alonso que, mesmo perdendo a disputa para o australiano, levou a Ferrari ao primeiro pódio do ano e andou no mesmo ritmo dos carros da Red Bull o tempo inteiro.

Se o espanhol foi bem, o resultado de Felipe Massa decepcionou. Ele acabou sendo prejudicado pela equipe em três de suas quatro paradas nos boxes, o que o jogou para o meio do pelotão. Mas Massa também cometeu um erro na curva 8, o que provavelmente lhe custou a chance de salvar um pontinho. Rubens Barrichello, por sua vez, viveu mais um domingo de dificuldades com o carro da Williams que, além de lento, apresentou problemas com o Kers.

E Sebastian Vettel sempre busca largar na frente e controlar a corrida. Mais uma vez não foi diferente, ele dominou de ponta a ponta a prova turca e já abre boa vantagem na liderança do campeonato.

Bigorna de Ouro: Sebastian Vettel. Um jovem que tem condições de quebrar muitos recordes.

Bigorna de Lata: Michael Schumacher. Foi ultrapassado por quase todos os pilotos. Nem de longe parece ser aquele piloto sete vezes campeão do mundo.

A próxima etapa do campeonato é dia 22 de maio, com o GP da Espanha.

THOR

Asgard e Midgar, nunca estiveram tão juntas.

Por André-El

Este é um dos filmes que eu estava mais curioso para ver, porque afinal de contas ultimamente uma das coisas que mais se tem visto nos cinemas são adaptações de HQs. E muitas delas deram certo ou outras não. Thor, apesar de seu nome conhecido, não tem tanta mídia quanto a nome como Homem Aranha, Batman, Superman, e ainda conta com o lado da mitologia nórdica e tudo mais. Mas e ai, no fim das contas foi uma adaptação que deu certo ou errado? Sem dúvidas deu certo e muito.

Bom, o filme se inicia com a vinda de Thor (Chris Hemsworth) a Terra, e logo em seguida é mostrado do porque ele estar ali. Nisso é mostrada o reino de Asgard, bem como é retratado na mitologia nórdica, e convenhamos é um show a parte ver isso, é de encher os olhos. Os personagens também são bem distintos e cada qual cumpre bem o seu papel, deixando seus personagens cada vez mais próximos do mito das Hqs. Em Asgard Thor é o herdeiro legitimo de Odin(Anthony Hopkins), o regente do reino. No dia da sua coroação, os gigantes de gelo, invadem o palácio e assim iniciam um conflito. Thor, que é muito impulsivo decide fazer as coisas ao seu jeito, assim indo até o reino dos gigantes para intima-los. Nessa parte temos uma sequência de luta fantástica.

Só que tal atitude de Thor, desencadeia um conflito ainda pior, e com isso, por sua desobediência a Odin, o mesmo o pune exilando-o na Terra, tirando seus poderes, para que este aprendesse a humildade dos humanos.  Eis que ele acaba encontrando a pesquisadora Jane Foster ( Natalie Portman )e seus companheiros de pesquisa.

O roteiro se desenvolve bem, os personagens vão crescendo e ganhando cada vez mais carisma, destaque para a atuação de Tom Hiddleston no papel de Loki, o irmão de Thor. Os efeitos especiais são muito legais e fazem nossos olhos brilharem, de maneira a não piscar em momento algum, devido ao medo de perder algum detalhe. Há também  momentos emocionantes, principalmente no confronto entre o Asgardiano e a armadura Destruidor, aonde sem dúvida se encontra umas das melhores cenas dos últimos tempos, nela pode-se notar aquela sensação de alegria em ver um herói em sua essência e virtude mais pura, eu mesmo voltaria essa cena uma centena de vezes, que não enjoaria.

Com certeza Thor é um filme que vale toda atenção, pois não é um personagem tão fácil de levar as telonas e fazer um bom trabalho, mas a Marvel Studios conseguiu e está de parabéns pelo filme que nos deram. Então se pode dizer que o filme vale totalmente a pena, pode-se bater o martelo quanto a isso, desde que não seja o Mjolnir.

NOTA: 10

Trailer:

Eu Sou o Número 4 ( I'm Number Four , 2011)

Uma ótima surpresa!

Por André-El

Ao ver o pôster do filme, não me chamou muito a atenção, não sei explicar ao certo porque, pois me parecia um filme bem infanto-juvenil com alguns poderes. No mesmo dia vi o trailer, e com isso minha opinião mudou um pouco, afinal mostrou-me boas cenas de ação e efeitos especiais bem feitos e bateu uma curiosidade em vê-lo. Que bom que o fiz.

Para minha surpresa, foi um filme que me prendeu, já que a história pode não ser inovadora nem mirabolante, mas funciona e bem. O filme é baseado em um livro de mesmo nome. A trama gira em torno do jovem John, que é um ser de outro planeta, que juntamente com outros oito jovens, aonde encontraram refúgio na Terra. Mas a paz destes jovens acabou quando os Mogs, serem que devastam planetas chegam a Terra no encalço destes. Eles vão caçando-os um a um em ordem numérica, e ao todo já mataram 3 jovens, ou seja o próximo da lista é o numero 4, e o mesmo sabe disso.

Os personagens são bem carismáticos e com aquele clima de escola, lutas, poderes, tudo fica a favor de um excelente filme de aventura/ficção.  Aos poucos  novos personagens vão sendo introduzidos e assim ganhando mais força na trama. Claro que há tempo para o clima de romance entre o protagonista e a jovem Sarah. As cenas finais de ação são muito bem feitas mesmo, dignas de grandes títulos, aonde valeria voltar à cena algumas vezes só para desfrutar de novo dos belos embates.

Sinceramente, fico no aguardo pela sequência, pois o filme tem o final aberto, deixando ai, uma abertura para uma saga que tem todo o potencial para vingar nos próximos anos.

NOTA:9,0

Trailer:

Contos do Cargueiro Negro ( Tales of Black Freigther , 2009)

Um paralelo com a loucura.

Por André-El

O universo criado por Alan Moore e Dave Gibbons em Watchmen é soberbo e rico. Prova disso que além da trama central envolvendo os vigilantes há os matérias complementares que enriquecem ainda mais a obra. Prova disso é que ao ler a Hq, o leitor se depara com vários personagens e pontos, tais como a banca de jornal de Bernie. Essa banca se torna uma referência durante a trajetória da trama, pois várias pessoas passam por lá, cada um com seu ponto de vista, cada qual com seu problema sobre o que está acontecendo no mundo. Uma dessas pessoas é um garoto que fica sentado ao lado da banca, encostado em um hidrante, e sempre lendo a mesma revista, que é uma história em quadrinhos intitulada de “Contos do Cargueiro Negro”, ou seja, uma HQ dentro do mundo de Watchmen.

A história faz um paralelo com a situação atual do mundo de uma maneira única e contada de uma maneira digamos, com muita maestria. E esta história contada na HQ, não esteve presente no filme que foi aos cinemas pelas mãos de Zack Snyder, ela aprece de relance na versão sem cortes. Mas para compensar isso, o diretor lançou a versão animada da mesma em DVD e Blu-ray, seguindo fielmente o que é mostrado na obra de Moore.

Contos do Cargueiro Negro trata da saga de um capitão, que tem seu barco e sua tripulação dizimada pelo Cargueiro Negro, e ele o capitão, é o único sobrevivente dessa tragédia. Após o ataque o capitão acorda sozinho, em uma ilha, totalmente isolada, somente acompanhada pelos corpos de sua tripulação. E ele acha que o Cargueiro Negro está indo em direção a sua cidade natal, e então o sobrevivente tem de achar uma maneira de impedir que uma tragédia ainda maior aconteça. A narrativa e a animação segue bem a risca o que se vê na HQ, ou seja ,passa toda a tensão e loucura que cerca o sobrevivente. Totalmente recomendável.

E no mesmo pacote vem “Sob o Capuz” outro material extra da HQ, que nada mais é do que a autobiografia do primeiro Coruja, Hollis Mason, aonde ele conta suas motivações que o levaram a se tornar um vigilante mascarado e também os bastidores dos seus companheiros de aventura. Este especial não vem em animação, mas sim em forma de documentário, aonde o mesmo conta trechos de sua publicação. Essa obra também é bem fiel aos quadrinhos e ainda melhor, conta com o elenco que fez o filme, e isso ficou bem legal.

Para quem leu, viu Watchmen, estes são materiais imperdíveis.

NOTA: 10

Trailer:

Pânico 4 ( Scream 4, 2011)

Olha a faca!!!!

Por André-El

Há tempos não se ouvia falar sobre a franquia. Parecia que o legado de Sidney havia ficado para trás e o que veríamos daqui para frente, seria somente os filmes sátiras “ Todo mundo em Pânico ” Que por sinal só o 1 e o 2 que prestaram. Mas enfim, quando ninguém mais botava fé que Ghost face iria reaparecer nas telonas, eis que surge Pânico 4 , sequência direta da série.

Ao começar a ver o filme, você tem a sensação de que foi ontem que você assistiu aos outros 3 filmes da franquia, mesmo sem lembrar totalmente deles, mas porque disso? Ora, porque o ambiente do filme é o mesmo, ou seja, todo aquele clima de mistério para saber quem é o Ghost face da vez está de volta e com força total. E ao manter parte do elenco original, isso com certeza trazem aquela sensação de nostalgia e ajuda ainda mais a dar o clima perfeito. Assim trazendo novamente um gênero que supostamente estava extinto. Ainda bem que isso não ocorreu, pois é bacana ver um filme assim.

Pra quem gostou dos filmes anteriores, este é um prato cheio, pois tem de tudo, desde o clima de terror, muito sangue, comédias, clima acadêmico, gostosas, Ghost face errando facadas e caindo pelas escadas como de costume. O filme consegue prender e dar alguns sustos em quem está assistindo, como se estivesse tomando uma facada.

NOTA: 8,5

Trailer:

Atividade Paranormal em Tóquio ( Paranômaru akutibiti: Dai-2-shô - Tokyo Night, 2010 )

Agora é a vez do sal!

Por André-El

Sabe como é um roteiro mais ou menos manjado, uma câmera e muitos sustos, isso ainda dá certo, mesmo sabendo que é disso que se trata um filme? Sim dá muito certo, e nessa trilha, vem o filme Atividade Paranormal Em Tóquio, seguindo a mesma linha de seus antecessores.

Só que claro, as diferenças são que a trama se passa no Japão ao invés dos Estados Unidos, e que em vez de um casal como nos longas anteriores, desta vez são dois irmãos, aonde a menina veio dos Estados Unidos e lá sofreu um acidente de carro, aonde quebrou ambas as pernas, assim ficando imobilizada e ao voltar ao Japão fica sob a tutela do irmão para cuidar de si, já que o pai trabalha muito e mal fica em casa.

E claro, é ai que as coisas começam a acontecer. O sistema de câmera é parecido com dos filmes anteriores, só que em certas partes, ficam duas câmeras, uma em cada quarto, assim prendendo e dando ainda mais expectativas para eventuais manifestações, gritos e sustos.

O filme parece ser um caça níquel a primeira vista, pode ate ser mesmo, já que o custo de produção destes filmes é bem baixo e sempre acabam por arrecadar milhões. Mas sinceramente, gostei bastante desse filme, mais até do que o segundo Atividade Paranormal. Se você é fã desse gênero, pode ir frente que você vai gostar bastante, ainda mais se assisti-lo em um cinema ou em casa em um total silêncio e com o som bem alto, já quem não é fã, acredito que não vá se entusiasmar com o filme, mas ainda assim irá tomar uns bons sustos.

NOTA: 7,0

TRAILER:

Há 17 anos...

Por Marcelo Betioli

1 de maio de 1994, feriado do Dia do Trabalho. Era domingo pela manhã e o Brasil parava na frente da televisão na expectativa de mais um triunfo de seu ídolo, Ayrton Senna. A corrida começa e após sete voltas uma curva traiçoeira mudou a história do esporte. Quando a Williams de Ayrton Senna passou reto na Tamburello a mais de 300km/h, o Brasil desta vez parou na esperança de receber boas notícias. Notícias que chegaram horas depois, mas foram as piores possíveis.

Há 17 anos, Ayrton Senna deixava as pistas e entrava definitivamente para a história do esporte brasileiro e mundial. Sua trágica morte, na curva Tamburello, em Imola, deixou todo o país em estado de choque.

A grande maioria das pessoas se lembra o que estava fazendo naquele domingo.

Ele tinha orgulho de ser brasileiro, demonstrava esse orgulho a cada corrida e isso o fez se tornar um ídolo, um herói.

Olhem abaixo o vídeo da primeira vitória de Senna no Brasil, em 1991.

Confiram como foi o final do GP do Japão em 1988, corrida que deu ao brasileiro o primeiro título mundial de Fórmula 1.

Ayrton Senna, eterno.