domingo, 24 de abril de 2011

A Estrada - ( The Road )

Por André-El


O planeta Terra está morto. As imagens do planeta repleto de azul por seus imensos oceanos ou por suas grandes florestas verdes não passam de uma mera lembrança, já que a realidade de hoje não se resume as cores azul ou verde, só há uma cor predominante, que é o cinza.

Por obra do próprio homem o mundo que ele conhecia se extinguiu agora reduzido a cinzas, um mundo devastado e condenado, pois não há mais energia, água , combustível , comida , não há mais árvores, tudo se resume a um grande vazio preenchido pelo tom cinza.

E nesse mundo caótico poucos são os sobreviventes deste apocalipse, e dentre eles estão um pai e seu filho vagando , seguindo em frente. Estes são os protagonistas do filme. Os dois apesar das adversidades tendem a seguir em frente, o pai diz para o filho que eles tem de continuar pela estrada, seguindo em direção ao sul, para o litoral e que lá talvez eles encontrem uma “salvação”.

Ao seguirem pela estrada, eles além de já contarem com a falta de tudo no mundo, tem que lidar com outros sobreviventes, que assim como eles só querem continuar a sobreviver, mas alguns destes pela escassez de alimentos se tornaram adeptos do canibalismo e assim caçam outros humanos, ou seja pai e filho em meio a fome ainda se tornam alvo de outros humanos em um mundo aonde as leis e princípios foram extinguidos.


 


Um filme como poucos, pois retrata um futuro pós apocalíptico bem próximo da nossa realidade, assim nos fazendo refletir bastante sobre nossos atos perante a sociedade que nos cerca, de certa forma nos serve de alerta. Só uma observação , a atuação de Viggo Mortensen (pai) está impecável assim juntamente com Kodi Smit-McPhee (filho).

Apesar de tudo o que predomina é a relação pai e filho, pois mesmo todo o holocausto instalado em um mundo sem cores, o amor e carinho entre eles fazem com que ambos sigam em frente. Nos mostram também o quanto um filho pode aprender com um pai, mas ainda mais quanto um filho pode ensinar lições a um pai, e ao decorrer da história fica evidente que a vida de um, se justifica pela existência do outro.


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