segunda-feira, 28 de março de 2011

Para 100pre Ceni

Por Diego Betioli


Ceni vibra com seu histórico 100º gol,após cobrança de falta. O gol também deu a vitória ao tricolor paulista.

Dia 27 de Março de 2011. Dia em que mais uma página incrível e eterna do futebol foi escrita.
Rogério Ceni,38 anos. Goleiro. Campeão mundial com a Seleção Brasileira no pentacampeonato. Tricampeão da Libertadores da América,Bicampeão do Torneio Intercontinental da Fifa e campeão do Mundial Interclubes.
Quase 1000 partidas em 21 anos de clube. Maior goleiro artilheiro da história,superando o paraguaio José Luiz Chilavert. E agora,detentor de 100 gols.

100 GOLS!

Tal marca certas vezes nem mesmo é atingida por jogadores de linha,mesmo jogadores que atuam na frente. E um goleiro,cujo aquele que deveria trabalhar as mãos e deixar o tento para aqueles que estão na outra ponta do campo,alcançou tal meta de uma forma esplêndida. Uma cobrança de falta perfeita,no ângulo. Como o próprio goleiro desejava e imaginava que fosse.

Rogério Ceni há muito já poderia ser considerado um mito. E esta é mais uma medalha,mais uma marca para coroá-lo como um dos eternos do futebol,não só brasileiro,mas mundial. É possível que alguém bata esta marca algum dia mas,sabe-se de longe que se isto vier a acontecer,levará ainda muitos e muitos anos.

Ceni é uma lenda.

Parabéns,Rogério. Pelo grande atleta que você é,e tal como é também grande pessoa. Uma consagração mais que merecida.

No rodapé do artigo encontram-se o link com as estatísticas dos 100 gols de Rogério Ceni publicado no site do Estadão, e também um vídeo com os 100 gols publicado no globoesporte.com. Separamos alguns dos gols mais marcantes:







http://www.estadao.com.br/especiais/os-100-gols-de-rogerio-ceni-o-goleiro-artilheiro,133966.htm

Classificação Fórmula 1 (1 de 19 corridas)

Por Marcelo Betioli

Após a primeira prova do ano, vimos que esta temporada começa como terminou 2010. Vitória do atual campeão, Sebastian Vettel.
Eis a classificação do mundial de Fórmula 1:

Classificação do Mundial de Pilotos após 1 de 19 corridas:
PosiçãoPilotoPaísEquipePontos
1Sebastian VettelALERBR - Red Bull25
2Lewis HamiltonINGMcLaren18
3Vitaly PetrovRUSRenault15
4Fernando AlonsoESPFerrari12
5Mark WebberAUSRBR - Red Bull10
6Jenson ButtonINGMcLaren8
7Felipe MassaBRAFerrari6
8Sebastien BuemiSUISTR - Toro Rosso4
9Adrian SutilALEForce India2
10Paul di RestaESCForce India1
11Sergio PérezMEXSauber0
12Kamui KobayashiJAPSauber0
13Jaime AlguersuariESPSTR - Toro Rosso0
14Nick HeidfeldALERenault0
15Jarno TrulliITALotus0
16Jerome D'AmbrosioBELMorussia Virgin0
17Timo GlockALEMorussia Virgin0
18Rubens BarrichelloBRAWilliams0
19Nico RosbergALEMercedes0
20Heikki KovalainenFINLotus0
21Michael SchumacherALEMercedes0
22Pastor MaldonadoVENWilliams0
23Vitantonio LiuzziITAHispania0
24Narain KarthikeyanINDHispania0


Classificação do Mundial de Construtores após 1 de 19 corridas:
PosiçãoEquipePontos
1RBR - Red Bull35
2McLaren26
3Ferrari18
4Renault15
5STR - Toro Rosso4
6Force India3
7Lotus0
8Morussia Virgin0
9Williams0
10Mercedes0
11Sauber0
12Hispania0

domingo, 27 de março de 2011

Escolhida a nova Lois Lane

Por André-El


Neste domingo a atriz Amy Adams recebeu a notícia de que foi a escolhida para viver a personagem dos quadrinhos Lois Lane, no novo filme do Superman que vai recomeçar a franquia do homem de aço.
A notícia foi dada pelo diretor Zack Snyder direto de Londres, aonde estava divulgando seu filme Sucker Punch ( que estréiou nesse final de semana aqui no Brasil).

Ele afirmou que Lois Lane terá papel fundamental no filme e, já que se trata de um reboot da franquia, a abordagem tentará ser um pouco mais moderna, isso tanto com o Superman quanto para Lois Lane, para que o público de hoje tenha maior compreensão dos personagens.

O longa já contava com o elenco Henry Cavill ( Clark Kent/Superman), Diane Lane (Martha Kent) e Kevin Costner (Jonathan Kent) e, na direção Zack Snyder. 

Grande Prêmio da Austrália

Por Marcelo Betioli


Um passeio, domínio total. Foi isso que aconteceu no GP da Austrália, abertura da temporada 2011 da Fórmula 1. Após marcar a pole position com grande folga, Sebastian Vettel confirmou o favoritismo e venceu a prova, praticamente de ponta a ponta e em nenhum momento da prova o alemão foi incomodado. O pódio foi completado por Lewis Hamilton, que mesmo com problemas no assoalho do carro chegou em segundo. O terceiro lugar ficou com o russo Vitaly Petrov, que chegou ao pódio pela primeira vez na carreira.

Antes da corrida, ocorreu um minuto de silêncio em homenagem ao povo japonês. Depois disso, a prova começou movimentada. Ótima largada de Petrov e Massa e péssima de Alonso, Schumacher e Barrichello.

Sem poder contar com Kubica, quem deu as cartas na Renault foi Petrov que fez uma corrida certa em todos os aspectos e chegou ao pódio. Barrichello teve problemas na largada, caiu para último, vinha fazendo uma corrida de recuperação, estava em nono, mas cometeu um erro infantil ao bater no carro de Rosberg e o resultado foi que os dois abandonaram a prova. Schumacher não mostrou força e continua o mesmo do ano passado. E para completar, Alonso pilotando uma Ferrari que não se mostrou competitiva, fez muito mais do que seu companheiro, Felipe Massa que fez uma ótima largada, mas chegou apenas em nono.


A Red Bull mostrou que tem o melhor carro da temporada e dominou o fim de semana – domínio esse com Vettel, pois Mark Webber acabou não se encontrando na corrida e sempre reclamando de problemas com os pneus.
Uma grande surpresa foi o desempenho da McLaren, que durante a pré-temporada sempre ficou atrás da RBR e Ferrari, nessa corrida mostrou força e só não foi capaz de derrotar o carro dos “Touros Vermelhos”.
A Ferrari não se encontrou, a expectativa era grande em cima da equipe italiana, mas os carros não se adaptaram a temperatura da pista, aos pneus e a equipe ainda não fez os pit stops como deveriam, quase dois segundos a mais que os concorrentes.
A maior surpresa de todas foi o desempenho da Sauber, com uma estratégia arriscada de fazer apenas um pit stop com Sergio Pérez, a equipe chegou à zona de pontuação com seus dois pilotos, mas é uma pena que os dois carros da Sauber acabariam desclassificados por irregularidades nos carros.
A decepção ficou por conta da Hispania, decepção essa com a Fórmula 1 que permite que equipes como essa participe do campeonato. A Hispania nem participou da corrida porque não conseguiu tempo suficiente no treino oficial para se classificar para disputar a prova.


Algumas novidades foram implantadas este ano: asa traseira móvel e a volta do Kers (sistema de recuperação de energia cinética). Mas esses dois atrativos não foram suficientes para gerar grandes emoções na corrida. O único ponto que deu algum tempero à corrida, foi o pneu Pirelli, que com os desgastes as equipes tentavam buscar a melhor estratégia na hora do pit stop. Não ocorreram grandes ultrapassagens como era esperado.

O resultado final do GP da Austrália foi:

1 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 58 voltas em 1h29m30s259
2 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 22s297
3 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 30s560
4 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 31s772
5 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 38s171
6 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 54s300
7 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1m25s100
8 - Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 1 volta
9 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
10 - Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1 volta
11 - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
12 - Nick Heidfeld (ALE/Renault) - a 1 volta
13 - Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 2 voltas
14 - Jerome D'Ambrosio (BEL/Morussia Virgin) - a 3 voltas

Não terminaram:
Timo Glock (ALE/Morussia Virgin) - a 8 voltas/mecânico
Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 9 voltas/câmbio)
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 36 voltas/acidente
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a 39 voltas/mecânico
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 39 voltas/mecânico
Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 48 voltas/pane mecânica
Sergio Pérez (MEX/Sauber) - desclassificado
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) – desclassificado

Não participaram:
Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania)
Narain Karthikeyan (IND/Hispania)

A próxima etapa do mundial está marcada para o dia 10 de abril, com o GP da Malásia.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Um jogo de Faz-me rir

Por Diego Betioli


Presidente checheno Razman Kadyrov em cobrança de pênalti contra o ex-goleiro Zetti.

O fato ocorreu já alguns dias,na semana de Carnaval. Senti-me um tanto constrangido ao ouvir à respeito. Um jogo entre Brasil e Chechênia. Até aí,normal. A seleção contava com veteranos da seleção,tretacampões de 1994 e pentas de 2002. Não é algo comum reuní-los,ainda mais os craques de 94,quase 20 anos depois da Copa dos EUA. Alguns deles,provavelmente,não se viam há anos. A ocasião seria tão especial a ponto de conseguir reunir os ex-craques em campo novamente? Bem...um jogo contra a Chechênia...e isso não era tudo. O time da casa contava com o presidente Razman Kadyrov,e outros nomes,amigos seus pessoais ou de poder.

Kadyrov é conhecido por ser um populista,violento e manipulador,e à este muito se atribui a condição degradável em que se encontra a Nação-estado separatista da Rússia. O que levaria um time de consagrados campeões,adorados e respeitados no mundo todo, a participar de um bate-bola com um combinado do presidente-tirano e seus amigos? O evento tinha como fundo,claramente,à campanha populista de Kadyrov,que ironizava sempre que possível.

O ex-craque Raí,camisa 10 do tetra e ídolo do São paulo Futebol Clube,publicou uma nota em seu site oficial relatando intenso arrependimento em ter participado da partida. Segundo Raí,o convite inicial tratava-se da inauguração de um estádio na Rússia,no qual enfrentariam um time que contava com  Ruud Gullit como treinador. Os jogadores só vieram a saber da "mudança" de adversário poucos dias antes,e segundo o mesmo Raí,o pagamento já havia sido recebido.
Raí e os outros poderiam ter desistido,devolvido o dinheiro,enfim...mas por que não o fizeram? O ex-tricolor afirmou que a dinheirama recebida não era pouco mais do que ganhava para ministrar uma palestra,e que não foram as cifras que o motivaram à jogar.

Por outro lado,o baixinho Romário também comentou sobre o evento. O craque do Tetra,que não abriria mão da folia carioca por motivo algum,estranhamente figurou no bizarro evento. Romário,em controvérsia à Raí,afirmou que a oferta fora realmente boa,e que não fosse este o motivo,não perderia o carnaval. O camisa 11 ainda disse que sequer soube o real motivo do jogo.
O ex-zagueiro Júnior Baiano ressaltou o dito por Romário,na mesma nota,mas salientou que o governo checheno aceitou fazer doações para os desabrigados das enchentes que afligiram o Rio de Janeiro no começo do ano.

Fica a questão: quem está falando a verdade? O que realmente houve por trás deste jogo? O que realmente se pode ter certeza é que houve um jogo de interesses. Os jogadores,muito provavelmente,foram sim bem remunerados,e talvez sequer tenham tentado compreender o fundo de plano no qual atuaram. Podem ter se arrependido,ou não. O que se suscita à indagar é: até onde a CBF tem seu dedo nessa história? Um jogo não oficial,mas que contou com o velho escudo da Confederação Brasileira de Futebol estampado no peito dos ex-atletas.

A única certeza à respeito desse estranho jogo é que foi um expetáculo esdrúxulo. A partida teve dois tempos de 25 min. e,mesmo a equipe adversária contando com o próprio Ruud Gullit e o ex-campeão alemão Lotthär Matthäus, era claro que não seria um jogo competitivo. Afinal,o presidente checheno e seus afiliados estavam longe de serem atletas. E como esperado,os agentes do governo pediram de forma solícita aos canarinhos que "pegassem leve" com os adversários. Ver Zetti "deitando-se" pra tomar um gol e sofrer um outro de penâlti do presidente,foram cenas deploráveis,tristes de se ver à quem já muito trouxe alegrias no passado. O jogo terminou,"felizmente",6 x 4 para os brasileiros.

Esperamos que algo assim nunca se repita.

Referências:
http://www.rai10.com.br/
http://www.jusbrasil.com.br/politica/6696657/sem-saber-motivo-de-jogo-romario-perde-carnaval-e-viaja-a-chechenia

segunda-feira, 21 de março de 2011

Parabéns Campeão

Por Marcelo Betioli


Todo jovem piloto de automóvel tem o sonho de chegar a Fórmula 1. Para isso é necessário galgar passos, começando no kart, passando por categorias menores até chegar à categoria mais difícil do automobilismo mundial.

Um brasileiro teve a chance de realizar este sonho em 1983 quando foi chamado para fazer testes com três equipes. O nome dele era Ayrton Senna, um jovem promissor.

O site da McLaren traz uma ótima lembrança para os fãs de automobilismo. A equipe inglesa relembrou as primeiras vezes que Senna teve a oportunidade de pilotar carros da categoria. O brasileiro pilotou Williams, McLaren e Toleman. Ele acabaria assinando contrato com a Toleman para a temporada de 1984.

O vídeo abaixo mostra um pouco dos testes feitos por Ayrton em 1983.


Neste dia 21 de março, Ayrton Senna completaria mais um ano de vida. Vida esta que foi marcada por coragem, persistência, dedicação e muitas vitórias – dentro e fora das pistas.

Um ídolo mundial que não tinha vergonha de dizer: “eu sou brasileiro”.

Parabéns por ter persistido e conseguido seus objetivos. E com isso, obrigado pelas belas manhãs de domingo que você propiciou ao povo brasileiro.

Parabéns Ayrton Senna!

domingo, 20 de março de 2011

Justa homenagem

Por Marcelo Betioli


É um sonho a melhor equipe ter o melhor piloto do mundo. A Williams era favoritíssima a conquista do título em 1994, Ayrton Senna queria muito guiar um carro da escuderia naquele ano e o resultado disso foi a realização deste sonho. A equipe inglesa contratou o brasileiro para a temporada de 1994 de Fórmula 1.

Uma pena que tenha durado pouco tempo a realização deste acontecimento. Ayrton Senna faleceu pilotando o carro da Williams no GP de San Marino em 1994, terceira prova do ano. Desde 1995 a equipe inglesa presta uma homenagem ao brasileiro.
 
O logotipo “S do Senna” sempre está presente nos carros do time, mais precisamente no bico. Segundo a equipe, o local é uma reverência ao brasileiro, que sempre lutou para chegar na frente. Todos os carros que forem produzidos pela Williams terão esta homenagem.


S de Senna, S de Saudade.

sábado, 19 de março de 2011

Voltou com novidade

Por Marcelo Betioli


De volta à Fórmula 1 depois de 20 anos, a Pirelli anunciou uma novidade para a esta temporada. Cada pneu terá uma cor específica em sua lateral.

Os logotipos “Pirelli” e “PZero”, serão pintados de acordo com a durabilidade de cada composto.


Vermelho – Supermacio
Branco – Médio
Prata – Duro
Azul – Chuva intermediária
Laranja – Chuva forte
Amarelo – Macio

A idéia é boa, permitirá ao público saber qual a estratégia de cada equipe, mas irá demorar um pouco para que os expectadores decorem cada tipo de pneu.

Cada piloto terá a disponibilidade de dois tipos de pneus slick em cada prova, além dos pneus de chuva.

A italiana Pirelli vem em substituição à japonesa Bridgestone no fornecimento de pneus da categoria.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Por: Dodo


Salt (2010)

Cansado dos James Bond's da vida? Que tal um filme de espionagem moderno, com um roteiro surpreendente e que te prende do início até o fim com a seguinte pergunta, que percorre o curta do início ao fim: "Quem é Salt?"
Estrelado por Angelina Jolie, que rouba a cena em uma atuação convincente, explosiva e exvelente, o filme conta a estória de Evelyn Salt. Uma espiã americana que se vê em uma enrascada após ser acusada de ser na verdade uma espiã russa.
Na época da guerra fria, os russos possuiam um plano que se chamava Dia X, que consistia no treinamento de crianças russas, tornando-as soldados infiltrados em outros países, passando anos fingindo ser de uma pátria que não pertenciam, até que no Dia X, eles "acordariam", saindo de seus disfarces e executando o plano de extermínio dos EUA.
O plano é contado por um prisioneiro que se entregou por pura vontade que conta o plano para a agência secreta dos EUA, porém revela um importante segredo: Uma dessas crianças se chama Evelyn Salt.
A partir daí começa a trama do filme.
Chega momento em que você realmente não sabe em que acreditar, e a pergunta do filme se faz valer:
"Quem é Salt?"
Assista e descubra.




segunda-feira, 14 de março de 2011

Sandman - Edição Definitiva Vol.1

Por André-El



Um título que eu sempre vi nos anúncios de propaganda de HQs, com um desenho muito chamativo com um cara pálido com cabelos bagunçados e espetados, Sandman: O Mestre dos Sonhos. Será que é bom? A Panini lançou no ano passado a Edição Definitiva Nº 1, que é equivalente a edição Absolute que fora lançada lá fora tempos atrás, assim logo puder sanar a minha dúvida quanto a qualidade do título. Não tenho palavras para descrever a emoção que é, mas vou tentar mesmo assim nessa resenha. E diga-se de passagem, é uma edição e tanto, caprichada e bem trabalhada. Ponto para Panini.

Bom mas voltando, Sandman realmente faz jus a tudo aquilo que lhe foi atribuído. Ao começar a leitura da obra, logo de cara você já se pergunta , como eu não li isso antes? Pois é algo realmente único. Os textos, diálogos, trama, desenhos, tudo se encaixa numa sincronia perfeita. Neil Gaiman o criador da obra, faz qualquer um que seja fã ou não de HQ’s imergir totalmente no mundo dos sonhos criado através das mágicas páginas da edição.
Tanto, que cada página de Sandman deve ser saboreada aos poucos, para ter um total aproveitamento. A trama é muito bem constituída, por várias vezes você tem que voltar a capítulos anteriores para buscar alguma alusão ao capitulo atual, ou seja, atenção redobrada nessa leitura, pois detalhes importantes estão espalhados de maneira tão convencional que podem passar desapercebidas.


O roteiro tem como personagem principal Sonho (Morpheu,Sandman) que é um dos sete perpétuos. Este é responsável pelos sonhos de todos os seres vivos capazes de sonhar, assim também é o responsável pelo Sonhar, seu reino, lugar que supostamente vamos ao sonhar. Cada um dos perpétuos tem uma função vital que é. diretamente ligada ao seu nome são eles: Sonho, Morte, Desespero, Desejo, Destino, Destruição e Delírio. Destaque desta edição  além de Sonho, vai para Morte que rouba a cena em um dos capítulos.



A trama se inicia quando Sonho é aprisionado por engano por um feiticeiro que almejava capturar  a Morte, mas então ele se depara com Sonho, mesmo insatisfeito por ser ele, o feiticeiro o deixa aprisionado por longos 70 anos. Nesse tempo é mostrado como seria o mundo sem os sonhos. É assustador. Há pessoas que simplesmente dormiram e não acordaram mais, outras pararam de sonhar, assim ficando loucos, alguns até se matando. Os sonhos , são o que fazem o mundo girar, que fazem as pessoas irem atrás. Sem isso o mundo morreu, começou a ruir para um fundo sem fim.


Após esse longo período de sete décadas, O Mestre dos Sonhos consegue fugir e assim retorna ao seu reino, o Sonhar, que está em ruínas, prestes a desaparecer. Cabe a ele agora restaurar o seu império, buscar o seu lugar novamente como monarca dos sonhos, restabelecer  os sonhos e conseqüentemente a esperança dos seres vivos que estavam desolados. Só que essa tarefa não será nada fácil, pois vários e vários percalços aparecerão para atrapalhar a vida de Sonho.


Não há como não parar a leitura em alguns momentos e fazer a seguinte pergunta: como Gaiman conseguiu criar algo tão fabuloso? Porque o autor, consegue não só criar os perpétuos e uma relação entre eles, mas também deles com a humanidade, seres vivos. Gaiman traz coisas de diversas culturas e as mescla com o universo de Sandman, fazendo com que aquilo sim, pareça real a ponto de se questionar se aquilo realmente aconteceu . Além da saga principal, também há alguns contos, que são fabulosos e que com certeza perpetuarão na mente de quem os ler. Não é a toa que Sandman, trouxe um publico diferente aos quadrinhos, um público adulto. E mesmo depois de mais de 20 anos desde sua primeira publicação, ainda continua a arrebatar fãs pelo mundo afora.


                                  

O preço da edição é um tanto salgado para os padrões brasileiros, mas ainda assim não é um absurdo, pois capa dura, mais de 600 páginas e diversos extras, é um material de extrema qualidade que o leitor pode ter em mãos. Sem dúvida vale cada centavo, pois é uma obra singular, que nos faz ver o quão bom e importante é sonhar. E para quem apreciar essa obra, vale ressaltar que a Edição Definitiva Vol. 2 está para chegar nas livrarias dentro dos próximos dias. Ou seja, poderemos sonhar novamente..

domingo, 13 de março de 2011

Amigos para sempre

Por Marcelo Betioli


Foi no distante ano de 1983 no Grande Prêmio de Macau, pela Fórmula 3. Este GP foi responsável pelo encontro de dois pilotos que viriam a se tornar grandes amigos dentro de um mundo cheio de ganância, o mundo da Fórmula 1.

O resultado final do Grande Prêmio foi: Ayrton Senna (brasileiro) em primeiro, Roberto Guerrero (colombiano) em segundo e Gerhard Berger (austríaco) em terceiro. Á noite, na entrega dos prêmios, Berger iria receber uma bonificação em dinheiro por fazer a volta mais rápida, mas verificando os resultados, ele descobriu que quem fez a melhor volta tinha sido Senna. Com isso, resolveu contar para o brasileiro e passaram a noite inteira conversando, até o fim da festa. O detalhe é que os dois nunca tinham se falado.

Ambos os pilotos acabaram ingressando na Fórmula 1 em 1984. Gerhard Berger fez a estreia pela equipe ATS (hoje extinta), enquanto Ayrton Senna estreou pela equipe Toleman (hoje extinta).

Depois do ano de estreia, Berger foi para a Arrows em 1985. No ano de 1986 se transferiu para a Benetton e em 1987 foi contratado pela Ferrari, onde ficou até 1989. Ayrton Senna foi contratado pela Lotus em 1985, onde ficou até 1987 quando fez sua estreia pela McLaren em 1988. Durante todos esses anos, a relação entre os dois foi puramente profissional, conversas somente antes e depois das corridas e disputas dentro da pista.

Com a transferência de Alain Prost para a Ferrari, Senna iniciou 1990 com um novo companheiro de equipe. A McLaren contratou Gerhard Berger, alguém que o brasileiro já conhecia.


Berger sempre foi um brincalhão, mas foi durante os anos de McLaren que seu lado humorístico se tornou mais famoso. Ayrton sempre foi um cara quieto, sério, reflexivo, dedicado, mas nunca demonstrou um grande senso de humor e com a chegada de Gerhard, isso começou a mudar. Aos poucos, o brasileiro foi se descontraindo mais e isso agradou e muito o chefe da equipe Ron Dennis. O inglês percebeu que piadas e brincadeiras começaram a acontecer com mais frequência dentro da equipe e a competitividade aumentava para ver quem aprontava mais com o outro.

Certa vez, Senna comprou uma pasta executiva e Berger já conhecia o comercial da maleta, veiculado nos Estados Unidos, onde mostrava a capacidade de resistência ao suportar o peso de um elefante. Um helicóptero estava preparado para levá-los, junto com Ron Dennis, para o autódromo de Monza, na Itália. Faltando pouco para o pouso, Ayrton não percebeu quando o austríaco pegou sua pasta e atirou de uma altura de aproximadamente 150 metros. Após fazer a aterrissagem, o brasileiro viu que a maleta resistiu, como no comercial, mas as canetas que estavam dentro explodiram com o impacto, detonando toda a papelada de Senna.

Em outra ocasião Senna e Berger estavam em um passeio de trem no Japão. À noite, ambos teriam que comparecer a um jantar e o brasileiro aproveitou a situação e encheu os sapatos de Berger com espuma de barbear. O austríaco teve que comparecer ao jantar vestindo smoking e usando tênis de corrida.


A parceria entre Ayrton Senna e Gerhard Berger na McLaren durou três temporadas (entre 1990 a 1992). Berger voltou para a Ferrari em 1993 onde ficou até 1995 e se transferiu, em 1996, para a Benetton onde encerrou a carreira no fim da temporada de 1997. Senna permaneceu na McLaren até 1993 e no ano seguinte foi contratado pela Williams. Esta temporada de 1994 ficou marcada com o fim da carreira do brasileiro após um acidente fatal no GP de San Marino.

Após a aposentadoria, Gerhard Berger costumava ser visto em várias corridas e em 2006 adquiriu 50% da STR (Scuderia Toro Rosso) e os outros 50% ficou com Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull. No fim de 2008, Berger vendeu sua parte na equipe para Mateschitz.

Dez anos após a morte de Senna, Berger fez uma homenagem ao brasileiro. No circuito de Ímola, em San Marino, ele pilotou por três voltas a Lotus usada por Ayrton em 1985, a mesma em que o brasileiro ganhou a primeira corrida da carreira.
Gerhard Berger e a família Senna estão sempre muito próximos.


Ayrton Senna e Gerhard Berger: dois grandes pilotos na história da Fórmula 1 que mostraram que é capaz de existir uma grande amizade em um mundo tão competitivo e onde a política costuma falar mais alto.