Por: Dodo
Você tem medo de vampiros?
A resposta que vem à sua mente é não.
Por que?
Porque simplesmente, nos últimos anos, o vampiro se tornou algo normal. Algo que pode ser derrotado. E isso antes mesmo de Crepúsculo. Estou falando de algo bem antigo.
Temos em nossa mente a idéia de que vampiros são seres que sugam sangue, mas sempre são derrotados de forma fácil pelos Blades da vida e os Van Hellsings do tempo. Nos acostumamos a ver essas criaturas sendo trucidadas de maneira simples com apenas um tiro, uma espadada, por heróis bem mais fracos que eles.
Ou seja, vampiros em nossa mente possuem a seguinte relação:
VAMPIROS = AÇÃO
Vampiros não trazem medo, trazem ação. Nos acostumamos a ver eles sendo despedaçados em mil pedaços por armas super potentes.
Era assim que eu pensava antes de ler essa incrível obra do mestre Stephen King. Hoje eu posso dizer:
- Eu tenho medo de vampiros. E quando digo medo, é medo mesmo.
Confesso que quando comprei o livro, o subestimei completamente. Sabia que poderia ser bom, mas o fato de existir a palavra vampiro me fez pensar que seria um livro de ação.
E mais ainda, subestimei ainda mais o escritor. Por um momento, não sei como, esqueci que o escritor era ninguém mais do que Stephen King.
Se você notar, em todos os livros dele, o nome Stephen King sempre está maior que o nome do livro. Depois de ler esse livro eu finalmente entendi. Entendi a razão do escritor superar a obra. Porque esse cara consegue transformar qualquer coisa em medo. Consegue pegar um personagem que está ligado ultimamente a ação e transformar em algo medonho, e macabro.
Sim, ele, durante todo o livro, liga os vampiros com o mal que existe desde a criação do mundo. Com um medo eterno, que vem desde o início do mundo. Uma batalha entre a igreja e o mal. Entre o pai das serpentes e os filhos de Adão. Rituais macabros, a noite dá medo nesse livro.
Este livro é excepcional! Você não consegue parar de ler, e só consegue entender o que se passa na pacata cidade de Salem Lot no meio do livro para frente.
São vampiros reais. Com direito a água benta, alho, pai nosso, ave-maria, convites para a entrada deles, rituais ao deus dos mortos, casa mal assombrada. Todos os medos que morreram nos filmes de ação voltam à tona neste livro.
Tenho certeza que o conceito vampiro, desde Drácula de Bram Stoker, é um ser das trevas. E quando se fala em trevas, é TREVAS mesmo. Da maldade que ronda o mundo. Do abismo do ser. É algo que deveria gerar medo.
Incrível, irresistível, medonho e macabro.
A Hora Do Vampiro consegue te prender desde o início até o fim, simplesmente por te colocar em uma situação desesperadora:
- Imagine se em sua rua, todos os seus vizinhos se tornam vampiros. O que você faria sabendo que nesta noite eles irão te visitar? E que basta um olhar nos olhos deles para que você abra a porta para eles, os convidando a entrar? E que somente com fé em Deus você poderá vencê-los? Fé mesmo e não vacilante. Sua fé em Deus é forte o suficiente para derrotar uma horda de vampiros?
Veja como uma cidade inteira se torna morta ao ler A Hora do Vampiro.
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